#2447 - Corpo Vivo

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Sobre: “Pra gente que tem memória, muita crença, muito amor, pra defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta ... Era uma vez uma floresta na linha do Equador” A Saga da Amazônia, cantiga de Vital Farias, é forma de partir de um lugar afetivo de minha referência para a construção desta onça como um amuleto guardião da Resistência Popular das cultural aqui presentes, é um símbolo de memória coletiva ancestral que através das brincadeiras, que resistem presentes por muitos cantos deste território “Amazônia Paraense”, apontam encantarias da pajelança cabocla, cobras-grandes, bichos - gente encantados da mata presentes nas brincadeiras, e narrativas fundamentadas na conscientização ambiental, na Confluência do homem com a terra, destacando a necessidade de preservação dos seres que habitam a floresta, promovendo a reflexão sobre as consequências da ação humana na natureza e se posicionando contra a devastação ambiental e para a preservação do bioma amazônico.

Os elementos presentes na composição remetem a lembrança e referência de Cordões de Bicho, como o “Cordão da Última hora, no Rio Tentém” em Cametá, Toadas de boi em todo território paraense, em especial o de minha referência Boi Primavera, do Mestre Zampa do quilombo do Barro Alto em Salvaterra, Comédias de Pássaros, presentes na memória e nos relatos dos antigos de Soure, Baião, Monte Alegre, Salvaterra e diversos outros municípios, Cunhã – Onça da Associação Onça Pintada do município de Placas no Oeste do Pará, entre tantas outras brincadeiras, grupos paráfolcloricos, criações de Mestres e Mestras de cultura presentes nas comunidades do Pará que atravessei e fui afetada nos últimos anos, e que trago aqui a fim de afirmar que as práticas culturais das comunidades aqui presentes protagonizam o debate ambiental a centenas de anos, dentro de seu território.

Narrativas são memórias e memória é um território de disputa, e as comunidades aqui presentes no ato de ocupar a rua brincando valorizam e fortalecem a cultura que mantém as florestas, e os povos que nela existem e resistem, em pé.

Letícia 's Bio': Bacharelanda desde 2017 em Artes Visuais pela UFPA, sou artista visual urbana, muralista, curadora independente e produtora cultural, com atuação voltada ao artivismo socioambiental e comunitário. Sou cofundadora do Panorama 21 de jovens artistas de Belém, e do Coletivo marajoara M’barayó, onde também coordeno a frente de arte e cultura. Trabalho desde 2018 como artista, e tenho experiência em intervenções comunitárias, realizando murais e oficinas de arte em diversos cantos de todo o Pará, promovendo a troca de saberes em territórios diversos, com muros em Belém, Santarém, Marabá, Placas, Altamira, Soure e Salvaterra na ilha do Marajó.

Como multiartista já realizei direção de arte do videoclipe, produção de dois curtas-metragens (documental e de ficção), produzi várias exposições de arte como curadora independente e desenvolvi e produzi projetos ligados à moda e design sustentável, levando oficinas para mulheres do EJA na ilha de mosqueiro. Meu compromisso com a sustentabilidade e a luta pela floresta também inclui colaborações com marcas de moda autoral e a produção de uma grande obra visual com parceria do MST, MAB, MAM e povos indígenas durante a cupula dos povos da terra pela Amazonia, no ano de 2023.

Me considero fazedora da cultura paraense em torno da valorização da memória, do patrimônio e da biodiversidade amazônica. No ultimo ano junto ao Coletivo M’barayó, realizamos ações potentes através de projetos como "M’barayó pela Amazônia de Pé” (patrocinado pela NOSSAS, mobilizadora do PLIP ‘Amazônia de Pé') e "Paracauary – Circuito de Arte, Cultura e Sustentabilidade no Marajó Oriental”, que promoveram a formação cultural, intervenções artísticas e a criação de redes de apoio comunitário nos municípios de Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari, e em 2024 recebemos o Prêmio Periferia Viva do Ministério das Cidades e Secretária das periferias. Essas ações visam construir um futuro sustentável, criativo e resiliente para as próximas gerações, ancoradas na cultura e nas tradições locais. Meu trabalho enquanto atuação com cultura e arte durante todos esses anos está ligado a encontrar inspiração na relação simbiótica entre comunidades que atravessam minha trajetória e o meio ambiente que estamos inseridos, criando projetos potentes, com continuidade e com impacto social transformador que ecoam as raízes culturais e potencializam o protagonismo popular, pois acredito que para falar de mim enquanto artivista deve ser exaltada toda a comunidade que me cerca.

Inspiração: “Pra gente que tem memória, muita crença, muito amor, pra defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta ... Era uma vez uma floresta na linha do Equador” A Saga da Amazônia, cantiga de Vital Farias, é forma de partir de um lugar afetivo de minha referência para a construção desta onça como um amuleto guardião da Resistência Popular das cultural aqui presentes, é um símbolo de memória coletiva ancestral que através das brincadeiras, que resistem presentes por muitos cantos deste território “Amazônia Paraense”, apontam encantarias da pajelança cabocla, cobras-grandes, bichos - gente encantados da mata presentes nas brincadeiras, e narrativas fundamentadas na conscientização ambiental, na Confluência do homem com a terra, destacando a necessidade de preservação dos seres que habitam a floresta, promovendo a reflexão sobre as consequências da ação humana na natureza e se posicionando contra a devastação ambiental e para a preservação do bioma amazônico.

Os elementos presentes na composição remetem a lembrança e referência de Cordões de Bicho, como o “Cordão da Última hora, no Rio Tentém” em Cametá, Toadas de boi em todo território paraense, em especial o de minha referência Boi Primavera, do Mestre Zampa do quilombo do Barro Alto em Salvaterra, Comédias de Pássaros, presentes na memória e nos relatos dos antigos de Soure, Baião, Monte Alegre, Salvaterra e diversos outros municípios, Cunhã – Onça da Associação Onça Pintada do município de Placas no Oeste do Pará, entre tantas outras brincadeiras, grupos paráfolcloricos, criações de Mestres e Mestras de cultura presentes nas comunidades do Pará que atravessei e fui afetada nos últimos anos, e que trago aqui a fim de afirmar que as práticas culturais das comunidades aqui presentes protagonizam o debate ambiental a centenas de anos, dentro de seu território.

Narrativas são memórias e memória é um território de disputa, e as comunidades aqui presentes no ato de ocupar a rua brincando valorizam e fortalecem a cultura que mantém as florestas, e os povos que nela existem e resistem, em pé.

Materiais necessários: 3 fitas crepe

Spray - referencia paleta Arte Urbana Colorgin
- 01 Azul Miró / 01 Azul Netuno / 01 azul chuva
-01 Preto / 01 branco
- 01 amarelo sol / 01 eldorado
- 01 Itaipu / 01 verde esmeralda
- 01 tangerina / 01 vermelho cereja
- 01 violeta cosmos / 01 violeta

Tinta acrílica 20ml
- 01 Branca / 01 preta
- 03 magenta
- 03 azul da Prussia
- 03 amarelo cadmio
- 01 marrom van dyck