#1341 - Jaguar de Sangue

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Jaguar de Sangue
Jaguar de Sangue
 
 

Sobre: "Com o convite para a participação da Jaguar Parade NYC 2022, imaginei poder trazer um pouco da carga pictórica e conceitual que procuro trabalhar nas minhas obras. Buscando um resultado que não seja panfletário ou óbvio, mas que instigue e provoque uma interpretação crítica sobre a situação das florestas tropicais e das onças.

O principal intuito da intervenção é realçar os elementos anatômicos da onça, através do reforço do contorno dos músculos e ossos e da inserção de veias e artérias que saem de um coração realista pintado no peito do animal.

O coração inserido no peito da onça-pintada é um coração humano, aqui representado para propor uma associação entre a vida humana e a vida selvagem.

O circuito percorrido pelo sistema cardiovascular realça o aspecto orgânico ao mesmo tempo em que nos faz olhar para “dentro” da onça, enxergando sua estrutura e as particularidades do funcionamento do seu corpo.

Sabendo que a obra estará exposta em espaço público, acho válido conceber uma escultura que possa ser um atrativo estético mas também um elemento de reflexão.Diante das problemáticas urgentes a respeito da preservação do hábitat desse que é o maior felino das Américas, devemos utilizar a arte como uma ferramenta potente, tanto para celebrar a vida, quanto para salvá-la."

Luiz's Bio': Luiz Escañuela é formado no curso técnico de comunicação visual, possui bacharelado em design gráfico pelo Centro Universitário de São Paulo e cursou dois anos de artes visuais pela mesma instituição. Desenha e pinta desde a infância e iniciou sua carreira profissional aos 22 anos, trabalhando principalmente com a pintura e suas possibilidades na figuração.

Já fez duas exposições individuais, a mais recente, em 2022, intitulada “Não se Esqueça do que é Épico” e uma em 2019, “DISRUPTO”. Participou de diversas exposições coletivas, feiras internacionais e ministrou um workshop na Alemanha. Em 2020 foi elencado na revista Forbes como uma das personalidades influentes nas artes com menos de 30 anos.

Escañuela desenvolveu um método dentro do hiper-realismo e utiliza-se dessa técnica para potencializar as minúcias e a artesania em suas obras. Em suas primeiras fases o artista utilizou o corpo humano para representar cenas de forte contraste e impacto teatral, ganhando notoriedade pela fidedignidade na representação do real mas principalmente pela assinatura pictórica autoral ao pintar a pele humana.

Em trabalhos mais recentes, expostos em sua maior exposição individual, “Não se Esqueça do que é Épico”, Escañuela faz a fusão de sua pintura detalhada com novos experimentos gestuais. As obras de grande porte fazem referências à uma pesquisa de imagens que passam pelo cinema, pelo barroco brasileiro, pelos mitos de criação e pela iconoclastia da filosofia, propondo hiper-links entre as imagens e provocando a especulação poética no espectador.

Inspiração: "Com o convite para a participação da Jaguar Parade NYC 2022, imaginei poder trazer um pouco da carga pictórica e conceitual que procuro trabalhar nas minhas obras. Buscando um resultado que não seja panfletário ou óbvio, mas que instigue e provoque uma interpretação crítica sobre a situação das florestas tropicais e das onças.

O principal intuito da intervenção é realçar os elementos anatômicos da onça, através do reforço do contorno dos músculos e ossos e da inserção de veias e artérias que saem de um coração realista pintado no peito do animal.

O coração inserido no peito da onça-pintada é um coração humano, aqui representado para propor uma associação entre a vida humana e a vida selvagem.

O circuito percorrido pelo sistema cardiovascular realça o aspecto orgânico ao mesmo tempo em que nos faz olhar para “dentro” da onça, enxergando sua estrutura e as particularidades do funcionamento do seu corpo.

Sabendo que a obra estará exposta em espaço público, acho válido conceber uma escultura que possa ser um atrativo estético mas também um elemento de reflexão.Diante das problemáticas urgentes a respeito da preservação do hábitat desse que é o maior felino das Américas, devemos utilizar a arte como uma ferramenta potente, tanto para celebrar a vida, quanto para salvá-la."