Esculturas de Onças na COP 16: Uma Iniciativa da Jaguar Parade para Preservação da Biodiversidade

Esculturas de Onças na COP 16: Uma Iniciativa da Jaguar Parade para Preservação da Biodiversidade

onça jaguar água, da jaguar parade em sua parada em cáli, na colô,bia, durante a cop 16.

A COP16, realizada em Cali, Colômbia, reuniu representantes de diversos setores para discutir questões cruciais sobre a preservação da biodiversidade. Um dos principais pontos de pauta foi a criação de um fundo de proteção à natureza, que, apesar dos esforços, não obteve consenso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Essa edição da conferência ressaltou a urgência de mais recursos financeiros para a proteção ambiental, além de reafirmar o papel fundamental de comunidades indígenas e afrodescendentes na preservação de biomas e no enfrentamento das mudanças climáticas.

A Jaguar Parade teve uma participação marcante no evento, promovendo a conscientização ambiental através da arte. Três esculturas de onças foram pintadas por artistas locais especialmente para a COP: uma comissionada pela WWF e duas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP). Cada uma das obras trouxe consigo mensagens inspiradas na rica biodiversidade e cultura da Colômbia, além de elementos espirituais e naturais que evidenciam a conexão profunda entre o ser humano e a natureza.

jaguar parade na cop 16 em cali, na colombia

Carolina Barreto, CEO da Artery e co-criadora da Jaguar Parade, esteve presente por lá e compartilhou o significado de estar nesse momento de grande importância:

“Ver as maiores organizações globais de conservação reconhecendo e investindo na Jaguar Parade como uma plataforma relevante para divulgar a causa é uma grande satisfação para nós, pois isso reforça a importância e efetividade da arte como meio de sensibilização e transformação,” compartilha Carolina Barreto.

Conheça inspiração por trás de cada uma das obras criadas para a COP16: 

‘Naturally Colombian’

Jennifer Mafla, uma artista colombiana comprometida com as questões ambientais, criou Naturally Colombian, uma escultura comissionada pela WWF que celebra a beleza e a espiritualidade da Colômbia. Usando cores vibrantes que evocam a exuberância das florestas e flores do Vale do Cauca, a peça traz à vida a biodiversidade que define essa região. 

Elementos como folhas e flores nativas foram pintados meticulosamente para ilustrar a importância da vegetação local, enquanto a inclusão de um símbolo de ayahuasca conecta a obra à tradição espiritual indígena. A ayahuasca, representando a interconexão entre o homem e a natureza, serve como um lembrete das raízes ancestrais e do respeito pela terra. Naturally Colombian convida o público a refletir sobre a necessidade urgente de conservar e proteger os ecossistemas colombianos, destacando o papel crucial que a biodiversidade desempenha na cultura e na identidade do país.

‘Jaguar Tierra’

Comissionada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), a escultura Jaguar Terra é uma criação de Nativa inspirada no mito de criação Tupi-Guarani, onde a natureza é vista como uma entidade sagrada e indivisível. A escultura é pintada em tons terrosos e intensos, com texturas que lembram raízes e troncos de árvores, evocando a força e a vitalidade do solo. Detalhes em verde profundo fazem referência às florestas e campos, reforçando a ideia de que a terra é a fonte de sustento para todos os seres vivos.

Com essa peça, Nativa nos lembra que a preservação da terra é essencial para a sobrevivência e o equilíbrio do planeta. A mensagem “Você é Natureza” está integrada à obra, como um apelo para que todos reconheçam seu papel na proteção dos recursos naturais.

‘Jaguar Água’

Também criada por Nativa para o UNDP, Jaguar Água é uma escultura inspirada nas águas cristalinas e caudalosas que percorrem a Colômbia. Em tons de azul, turquesa e branco, a obra evoca a serenidade e a força dos rios, vitais para a biodiversidade local e para as comunidades que dependem deles. Os detalhes em espirais e ondas ilustram o fluxo contínuo da água, representando a ideia de renovação e o ciclo de vida.

A escultura também incorpora elementos da fauna aquática, sugerindo uma interdependência entre espécies que habitam o ambiente aquático. Com um acabamento em brilho sutil, Jaguar Água simboliza não apenas a pureza das águas, mas também a necessidade de protegê-las de ameaças como a poluição e a exploração desenfreada. Após a COP16, essa obra foi doada para a cidade de Cali e agora embeleza o Bulevar del Oriente, eternizando seu papel como um símbolo de preservação e revitalização da natureza.

O PNUD sobre as onças em Cali 

“Ao usar arte para destacar as conexões entre humanos e a natureza, o PNUD ficou entusiasmado em continuar sua parceria com a campanha Jaguar Parade, levando uma instalação de jaguar para a COP16 de Biodiversidade. O Nature Pledge do PNUD apoia países a impulsionarem mudanças transformadoras em ações para a natureza, sendo uma das principais mudanças a valorização global de como enxergamos a natureza e sua importância para a humanidade. A arte é um meio poderoso para desafiar suposições, e para muitos que acreditam que o desenvolvimento trata apenas de pessoas, a COP16 de Biodiversidade foi uma plataforma importante para que o PNUD utilizasse a arte para colocar o valor da natureza e sua conexão profunda com o bem-estar humano no centro de sua participação na COP.

Como agência de desenvolvimento da ONU, estamos comprometidos em elevar as vozes das pessoas, especialmente dos povos indígenas e das comunidades locais, em tudo o que fazemos. Por isso, foi muito importante selecionar um artista que integrasse sua cultura indígena e local, suas percepções e experiências em sua obra. O PNUD teve a honra de trabalhar com Nativa Illustra, da cidade-sede da COP, Cali, em seu belo e impactante conceito para contar a história da interdependência entre humanos e nosso ambiente natural por meio deste par de jaguares, levando a mensagem do PNUD de #ParaPessoasParaOPlaneta tanto para o público crítico de delegados globais na COP de Biodiversidade quanto para o público em geral.

Um dos nossos dois jaguares permanecerá em Cali após o fim da COP de Biodiversidade, “replantado” em um espaço cívico na cidade de Cali, onde poderá ganhar nova vida e continuar transmitindo sua mensagem para centenas, milhares de pessoas que, com o tempo, passarão por ali e, por um minuto, absorverão sua mensagem”. 

As Onças e Novas Edições: O Futuro da Jaguar Parade

A participação da Jaguar Parade na COP16 foi um exemplo poderoso de como a arte pode mobilizar e sensibilizar a sociedade para causas urgentes. Ao destacar o papel das onças e a preservação de seus habitats, a iniciativa contribuiu para ampliar o diálogo sobre as mudanças climáticas e a sustentabilidade, levando uma mensagem de esperança e transformação para o futuro do planeta.As esculturas também servem como um convite e um “esquenta” para a Jaguar Parade Belém em 2025, que ocorrerá durante a COP30, reforçando o compromisso de proteger os biomas brasileiros e a biodiversidade da Amazônia.

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