Na 6ª edição do Smart City Expo Curitiba 2025, o maior evento de cidades inteligentes das Américas, o tema central foi “Transformando cidades: construindo felicidade”. A proposta foi clara: ir além da tecnologia e da infraestrutura para colocar o fator humano no centro das discussões. Afinal, o que faz uma cidade ser, de fato, um bom lugar para viver?

Foi nesse contexto que aconteceu o painel “Cultura em movimento: construindo FELICIDADE nas cidades”, promovido pela Impactability e mediado por sua CEO, Michelle Taminato. O encontro aconteceu no ESG Stage e reuniu nomes que vêm contribuindo ativamente para alterar realidades urbanas por meio da cultura: Ana Nisio, da Transforme Sorrisos, e João Costa Junior, do 5C – Centro Cultural.

Carolina Barreto, CEO da Artery, também participou do painel, compartilhando dados expressivos sobre os eventos realizados pela empresa e destacando os impactos positivos da arte em diferentes esferas, incluindo economia e saúde pública.

Durante a conversa, ficou evidente que cultura, arte e bem-estar estão profundamente interligados. Mais do que adornar os espaços urbanos, a arte pode conectar pessoas, despertar emoções positivas, promover saúde mental, movimentar a economia e reencantar o cotidiano.

Cidades inteligentes precisam ser humanas

A fala do urbanista canadense Charles Montgomery, autor do best-seller Happy City e keynote speaker do evento, trouxe um ponto fundamental: a felicidade nas cidades está diretamente ligada à forma como nos conectamos com as outras pessoas. 

Ambientes que estimulam o encontro, o pertencimento e o bem-estar emocional são fundamentais para cidades mais acolhedoras. E que maneira de fazer isso pode ser mais poderosa que a arte? 

Em um mundo onde o senso de comunidade se torna cada vez mais urgente, a arte surge como uma aliada essencial para fomentar diálogos, promover igualdade e construir uma vivência mais coletiva e acolhedora. 

Como a cultura transforma cidades (e pessoas) 

1. A arte melhora a saúde mental
Pesquisas em países como Suíça, Canadá e Reino Unido mostram que a exposição à arte ativa o sistema de recompensa do cérebro, reduz o estresse e até acelera processos de recuperação médica. Na Suíça, médicos já prescrevem visitas a museus como forma de terapia complementar.

2. A arte fortalece o senso de pertencimento
Em Toronto, bairros com murais artísticos tiveram um aumento de 20% no senso de pertencimento dos moradores. Obras de arte públicas fazem de praças e ruas pontos de conexão emocional com o território.

3. Cultura é motor econômico
O ‘Efeito Bilbao’ mostra como a cultura revitaliza economias inteiras. Desde a inauguração do Museu Guggenheim, a cidade espanhola viu crescer sua arrecadação e autoestima. Em Londres, estudos apontam que cada £1 investida em cultura retorna £5 para a economia local.

4. Arte estimula inovação e atrai talentos
Cidades com uma cena cultural vibrante atraem profissionais criativos e startups. Empresas como Spotify e Netflix mantêm escritórios em Londres justamente por seu ecossistema cultural ativo.

5. A arte como ferramenta de inclusão social
​A iniciativa ‘Transforme Sorrisos’, por exemplo, é uma organização social sem fins lucrativos que tem como objetivo proporcionar acesso à cultura para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Por meio de projetos culturais, a organização busca desenvolver sonhos, autoestima e empatia nesses jovens. As doações recebidas são integralmente direcionadas para a realização dessas atividades.

6. Cultura impulsiona a valorização urbana
Regiões que recebem investimentos culturais tendem a se transformar. Em Londres, bairros como Shoreditch e Southbank, antes degradados, foram revitalizados por meio da arte e hoje estão entre os mais valorizados da cidade, atraindo novos negócios, moradores e oportunidades.

A visão da Artery: arte como elo entre cidade e cidadão

A participação da Artery no painel reforça o propósito da empresa: levar arte para o cotidiano das pessoas de forma acessível, democrática e com impacto real nas cidades e na vida das pessoas. Por meio de exposições como a Jaguar Parade e o Art of Love, que já se provaram ações com impacto social e ambiental, a Artery acredita no poder da cultura.

Não nos faltam motivos para acreditar. Afinal, até agora já são cerca de 670 obras expostas, criadas por mais de 600 artistas, e mais de 100 ONGs beneficiadas. Os projetos da Artery já percorreram mais de 20 cidades, somando aproximadamente 1.000 dias de exposição. Estima-se que o impacto direto ultrapasse 100 milhões de pessoas, com alcance de 400 milhões em imprensa e redes sociais.

“Felicidade urbana se constrói com afeto, com pertencimento, com beleza que toca. E é nisso que a arte é especialista: ela fala diretamente com o que nos torna humanos”. 

Carolina Barreto, CEO da Artery.